Organizados e Unidos Somos Fortes

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Cariocas rebelados em 1904

terça-feira, 27 de março de 2012

Fantasia e Realidade no Grande Circo Carioca

     Às vezes demora um pouco, mas, passo a passo, a realidade vai se impondo. Vejam a pintura dourada da política de segurança pública em nosso estado, produzida pela Globo e suas congêneres. Depois das operações militares espalhafatosas, UPP e etc., o que resta efetivamente?
     Enquanto o tráfico de drogas permanece atuando nas favelas "pacificadas" e praticamente a céu aberto nas demais áreas da cidade, com  as bocas de crak funcionando 24 horas, o banditismo militarizado, aquele que domina territórios com a ponta do fuzil, se deslocou para fora do "cordão sanitário" que vem sendo construído com vistas aos grandes eventos esperados para os próximos quatro anos no Rio de Janeiro. Essas quadrilhas estão tomando conta dos subúrbios e da região metropolitana, Niterói e a Baixada Fluminense estão sofrendo as consequências desse êxodo.
     O aumento no gasto com a segurança, falam em triplicar o efetivo policial até 2014, com certeza vai sangrar o orçamento das demais áreas do serviço público, essenciais para a maioria do povo carioca. A prioridade dos nossos governantes é garantir a "paz" nesse mega circo de negociatas, deixando o papel de palhaços para aqueles que sempre pagam a conta.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ciclovias de Mentirinha

     O prefeito do Rio de Janeiro continua fingindo ser um adepto das ciclovias. Elas são implantadas em locais turísticos, como a orla, ou ligando coisa alguma a lugar nenhum, em outros bairros. Sem falar na insegurança que é pedalar por elas ou ainda pior, fora delas. A prioridade é para os carros, e cuidado, se for um bilionário a duzentos por hora, o ciclista além de morto ainda vai ser considerado o grande culpado.
     O prefeitinho precisa saber que a cidade necessita com urgência é de ciclovias seguras, ligando os locais de moradia aos terminais de trem, metrô e ônibus, assim, evitaríamos muitas viagens em transporte motorizado, reduzindo o trânsito e a poluição.
     Mas os interesses econômicos e políticos falam mais alto. A qualidade de vida da população vai ficando sempre em segundo plano.

    

domingo, 18 de março de 2012

Crescimento Desordenado


Vivemos um período de incremento no rítimo das construções, nos últimos anos cresceu o número de lançamentos imobiliários em praticamente toda a cidade. Se antes a Barra da Tijuca era a preferida dos lançamentos, agora eles se espalham também para os subúrbios, visando os segmentos com menor renda.

Será que algum planejamento ou obras de infra-estrutura foram executados com antecedência nas ruas e bairros onde ocorrem essas novas construções. Afinal, onde existiam, por exemplo, duas ou três casas, abrigando duas ou três famílias, passa a existir um prédio com quarenta apartamentos, então, abrigando quarenta famílias. Abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia elétrica, transporte público e etc. foram adequados a tal aumento populacional?

Infelizmente a resposta é não, ou seja, preparem-se para os problemas advindos de tamanha imprevidência.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pagamos Mas Não Levamos

     Vocês já repararam que em nossa cidade maravilhosa a guarda municipal só funciona nas áreas consideradas "nobres", Zona Sul, Barra, Centro e Tijuca? É suburbano amigo, nossos impostos são cobrados da mesma forma que nessas "áreas nobres", mas parece que na hora de distribuir os serviços públicos os governantes esquecem.

     Não que eu seja adepto da tese de um polical em cada esquina, martelada pela mídia e repetida pelos papagaios de plantão. Primeiro porque logicamente é inviável, segundo, quanto mais uma cidade precisa de polícia, mais decadente ela está. Mas constituir um corpo policial unicamente para reprimir o comércio ambulante e dar cobertura para os comerciantes dos bairros considerados ricos e turísticos, sustentado pela arrecadação de todos os moradores da cidade, é uma grande injustiça.

     Se querem uma guarda pretoriana para os ricos e privilegiados do Rio de Janeiro, que paguem dos seus próprios bolsos. Tirem a mão boba do nosso parco e suado dinheirinho.

terça-feira, 13 de março de 2012

Para Prefeitura do Rio as Árvores São Lixo

     As árvores da nossa cidade estão sendo destruídas, justamente por aqueles que deveriam cuidar da sua conservação. O Rio de Janeiro é sabidamente uma das cidades de clima mais quente do país, no verão é quase sempre a capital que registra as maiores temperaturas, por isso mesmo, deveriámos dispensar um carinho especial as nossas árvores.
     Mas infelizmente não é isso que vem acontecendo, o nosso "prefeitinho" resolveu entregar a tarefa para a Comlurb, empresa de limpeza urbana, provavelmente ele considera nossas árvores um lixo. É assim que elas vem sendo tratadas, as podas são feitas sem nenhum critério, de forma exagerada e em qualquer época do ano, sem respeitar nem mesmo o período do florescimento e frutificação.
    Agora, em pleno verão, quando mais precisamos de suas generosas sombras, vemos o caminhão da Comlurb chegar e os seus funcionários  passarem a moto-serra sem dó nem piedade. Um amigo assistindo a cena absurda, em Maria da Graça, questionou a equipe que executava o serviço e foi logo informado que cumpriam ordens "do engenheiro que vistoriou  o local". Não sei qual a especialidade desse engenheiro, mas com certeza ele odeia árvores!
     A nobre tarefa de cuidar das nossas queridas árvores, que limpam nosso ar, refrescam o ambiente e servem de moradia para os passarinhos, deve ser entregue a quem entende do assunto, biólogos, agrônomos, jardineiros. Precisamos fazer um movimento para tirar a Comlurb dessa, antes que seja tarde demais.

domingo, 11 de março de 2012

Transporte Público ou Tortura Pública?

 Os transportes públicos se transformaram numa verdadeira tragédia na vida dos cariocas, em especial para nós suburbanos. Trens, Metrô, Ônibus, Barcas, Vans, Táxis e Carros Particulares, todos juntos formam um conjunto irracional e ineficiente. Uma pergunta que não quer calar: Qual a causa disso tudo?
    Não queremos aqui fornecer nenhuma receita, mas apenas iniciar uma conversa sobre um assunto tão batido pela mídia , mas quase sempre de forma superficial. Para transportar diariamente milhões de pessoas no interior de uma malha urbana, são necessários pesquisa e planejamento, com prioridade para o interesse da maioria dos usuários desses meios. Mas infelizmente, a prioridade é o lucro das empresas de transporte público, da indústria automobilistica, do petróleo e etc.. Dessa forma, a racionalidade é jogada no lixo, e quem sofre as consequências é justamente a maioria da população.
    As ruas não comportam o número de carros em uso no Rio de Janeiro e na maioria das grandes cidades, são necessárias obras custosas para jogar o problema para frente, sem solução definitiva, visto que, o número de carros não para de aumentar. A quantidade de ônibus é imensa, somados aos táxis e vans, formam um rio caudaloso com margens estreitas. O trem e o metrô em nossa cidade tem linhas insuficientes, levando a superlotação e atrasos constantes.
    É óbvio que existem soluções, os recursos humanos e materiais hoje disponíveis podem construir alternativas viáveis para o problema dos transportes nas grandes cidades. Elas são até bem conhecidas: Conexão das linhas de trem e metrô com VLT(veículo leve sobre trilhos), construção de ciclovias a partir das estações, linhas de ônibus apenas para longas distâncias, trajetos curtos com as vans e táxis, estacionamentos para carros particulares nos acessos dos transportes públicos. Essas são apenas algumas possibilidades, mas a submissão aos interesses do mercado impedem sua concretização.
    O resultado é que nós perdemos cada vez mais tempo no deslocamento casa/trabalho, em situação de grande desconforto. Tempo roubado de nossas famílias, amigos, estudo e lazer. Perdemos qualidade de vida para enriquecer os beneficiários desse mercado capitalista de transporte. Sem querer ser pessimista, é forçoso reconhecer a realidade, enquanto nossos governantes forem da mesma "turma" dos que dominam esse mercado, não haverá solução.