Organizados e Unidos Somos Fortes

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Cariocas rebelados em 1904

terça-feira, 25 de junho de 2013

Quem Enganou Quem?

Não faz muito tempo, apenas alguns meses, eles ganharam a eleição de lavada. Parecia que todos estavam felizes e satisfeitos, apenas uma minoria se recusou a apoiar os grandes vitoriosos. É..., mas não durou muito tempo, logo a realidade fez cair o pano.

Centenas de milhares, milhões, a conta não para de aumentar, parece que toda a gente resolveu protestar, soltar o grito no ar, colocar os pingos nos "is". Os outrora chamados maioria silenciosa, agora fazem enorme barulho, e que barulho!

No meio do furdúncio, uma corja sinistra tenta se aproveitar, o repúdio aos governantes e seus partidos é transferido para aqueles que há muito lutam contra os desmandos e a exploração em nosso país. Incitam a violência contra as organizações populares, sindicatos, partidos, qualquer coisa com cheiro ou cor de esquerda.

Mas quem nunca lutou ao lado do povo trabalhador, não vai conseguir se camuflar por muito tempo. Palavras o vento leva, mas as reivindicações justas vão continuar sendo motivo de protestos, greves e passeatas. A história não reserva um bom lugar para os enganadores.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Perdeu, o Maraca é Deles!

     Um final de semana para ficar marcado, o dia em que o velho estádio Mario Filho, o outrora "maior do mundo", foi substituído por um estádio na medida dos interesses mercadológicos no futebol. Os preços dos ingressos deixam de fora o povão, só entra da classe média para cima, e não é da classe média inventada recentemente, falo de classe média de verdade, aquela que fica situada entre o proletariado e a burguesia, com renda de cinco mil pra cima.
     Quem pode gastar numa ida ao futebol uma média de R$ 200,00, isto se for sozinho, porque, levando a família a brincadeira vai consumir o valor em torno de um salário mínimo. O torcedor vai optar pela tv do bar da esquina, tomar uma gelada e comer um espetinho, sai por R$ 10,00, assim cabe no orçamento do povão.
     Na partida que "reabriu" o Maracanã, Brasil e Inglaterra, vimos um público bem diferente dos grandes classicos de outrora, em vez da saudável misturada, observamos um pessoal bem homogeneo, tipo shopping da barra ou coisa parecida.
    Depois da Copa das Confederações os amigos e financiadores do Cabral vão tomar conta do estádio construído com dinheiro público, bota dinheiro público nisso, afinal, eles tem que faturar não é mesmo?
    Da minha parte, quando quiser matar a saudade de um futebol ao vivo, bem de pertinho, eu vou até a rua Bariri ou dou um pulinho no campo do Bonsucesso. No mais, é gelada e espetinho no bar com os amigos.

                                                                                                      Antenor Bola Fora
    

quinta-feira, 14 de março de 2013

Engarrafamento 5 x 0 Deslocamento

   Esse time joga na maior lentidão, mas vai vencendo de goleada. O colapso no trânsito da cidade parece cada vez mais próximo e assim o nosso Rio vai se apaulistando cada vez mais. Já temos até programas de rádio que se dedicam quase que exclusivamente a fazer a "cobertura" dos engarrafamentos diários que torturam os cariocas.
   Por mais que se fale desse assunto,  parece que nada pode impedir o colapso total. Simplesmente não se coloca o problema central, ou seja, a cidade não suporta mais o aumento do número de automóveis em circulação. A transformação do "carro de passeio" em "carro de trabalho" já demonstrou a sua tremenda inviabilidade.
   Nesse ponto não tem milagre ou Papa que resolva. Para retirar de circulação a massa compacta de latinhas sob rodas que "se arrasta que nem cobra pelo chão", só quando houver uma melhoria intensiva dos transportes públicos, em termos de oferta, custo e qualidade. Sem isso jamais teremos condições de virar esse jogo.


Gumercindo Esperança

domingo, 3 de março de 2013

Futebol Sem Critérios

     O primeiro turno do campeonato carioca chega ao fim, mas a falta de critérios no futebol brasileiro continua.  O campeonato brasileiro, disputado por pontos corridos, colocou em primeiro lugar a técnica, a melhor campanha, isso é amplamente reconhecido pelos maioria dos amantes do "velho e violento esporte bretão".
     Nos campeonatos estaduais isso não acontece, cada um usa a fórmula que mais lhe aprouver. No carioca não é diferente, vão quatro times para a semifinal, portanto, aquele com melhor campanha pode acabar morrendo na praia.
     Foi o que aconteceu hoje com o jovem time do Flamengo. A derrota para o Botafogo na semifinal enterrou uma bela campanha, onde a garotada do rubro-negro jogando um futebol rápido e ofensivo, foi deixando os adversários para trás.
     Já o Vasco e o Fluminense, não deveriam estar em final alguma, se arrastaram no campeonato, realizando péssimas partidas, nivelados com os times pequenos. O treinador do tricolor é um poço de arrogância e imbecibilidade, tem o elenco considerado um dos melhores do Brasil, mas não consegue formar um time. O Fluminense é um bando desnorteado em campo, sem entrosamento ou qualquer padrão tático.
     Resta um consolo aos flamenguistas, esta desclassificação pode ajudar a colocar um pouco de água fria na cabeça de seus jovens talentos, que os apressadinhos já estavam comparando aos grandes craques do futebol mundial.

Antenor Bola Fora
   

sexta-feira, 1 de março de 2013

Que Direito de Greve é esse?

     O TRT determinou, através de uma liminar, que os rodoviários em greve no Rio de Janeiro coloquem 80% da frota de ônibus em circulação, sob pena de o Sindicato ser multado em R$ 200 mil diários. Se acatarem a medida, a greve iniciada nesta sexta-feira, 01/03, dia do aniversário da cidade, estaria encerrada na prática. É óbvio que com 80% da frota rodando as empresas lucrarão ainda mais, vão transportar o mesmo número de passageiros com menos gastos, desse jeito a greve poderia durar até o fim dos tempos.
      A juíza que expediu a liminar, Rosana Salim Villela Travesedo, quer na verdade obrigar os rodoviários a voltar ao trabalho e aceitar as condições de exploração a que estão submetidos. Como podemos ver o direito de greve é uma farsa no Brasil, qualquer paralisação é considerada abusiva ou ilegal, os trabalhadores e seus sindicatos são ameaçados e punidos. A Justiça trabalha sempre a favor do patronato.
     Os lucros das empresas são gordos e certos há muitos anos, garantidos pelo monopólio que a Prefeitura e a maioria dos Vereadores reservam para meia dúzia de empresários. Enquanto isso, os motoristas são obrigados a ser também cobradores, colocando em risco a segurança dos passageiros.

     Ao contrário do que diz a mídia burguesa, os transtornos causados pelo movimento grevista são de responsabilidade do governo e das empresas. Os usuários que diariamente pagam caro pelas passagens de um péssimo serviço de transporte, são tão explorados como os rodoviários, portanto, devem ser solidários e apoiar a greve, exigindo do Prefeito a  encampação dessas empresas e a prestação de um serviço público de qualidade e acessível a todos.

                                                                                Minervino Labuta


Crack e UPP

O plano de ocupação de favelas em nossa cidade exige um grande contingente policial. A UPP é uma política de policiamento ostensivo, praticamente 24 horas. Essa foi a forma que o governo encontrou para isolar áreas problemáticas da cidade, na preparação dos grandes eventos previstos para acontecer até 2016.

As demais localidades, fora desse perímetro de ocupações, receberam a migração da bandidagem e do tráfico. O resultado pode ser visto pelas ruas dos bairros próximos das chamadas "bocas de fumo", na verdade agora "bocas de crack". São centenas de viciados vagando pelas ruas dia e noite, fazendo suas necessidades fisiológicas nas calçadas e cometendo pequenos furtos quando ainda encontram forças para tanto.

Com certeza tem muita gente lucrando com a continuidade desse negócio e sua expansão pelos subúrbios cariocas. Assim, quem paga o pato somos nós moradores, obrigados a conviver com as consequências nefastas desse verdadeiro plano de extermínio que se transformou o vício do crack.

O mais estranho é que tamanha tragédia ocorra em silêncio, não vimos até agora a divulgação ampla de nenhum estudo ou estatística sobre as milhares de  vidas, em sua maioria crianças, adolescentes e jovens pobres, ceifadas por essa epidemia. Seria muito útil que os estudiosos dessa área se debruçassem sobre o tema, pelo menos seria revelada a sua verdadeira dimensão.

                                                                    Gumercindo Esperança